segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mudanças na Cultura Organizacional

Segundo Edward B. Tylor, cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.

Se conduzir uma cultura não é uma tarefa fácil, imagine mudá-la, depois de já estar enraizada e ter influenciado todas as ações durante gerações. No entanto, às vezes essa mudança é necessaria dentro de uma organização. Apesar de difícil, certamente não é impossível modificar algo que já está naturalmente presente na vida de todos os que participam ativamente, mas que por algum motivo não está mais trazendo resultados positivos ou tão satisfatórios. Nem sempre uma mudança é ruim, pelo contrário: a Cultura Organizacional deve ser vista como boa, no entanto passa a ter o lado contrário quando esta não é aceita absolutamente. Nada que fuja dos seus costumes, dos seus padrões, muitas vezes não acompanhando tendências de mercado, não inovando, ou ainda perdendo novas ideias que podem acrescentar muito e trazer bons frutos, que em muitos casos são impedidos de ir a frente, porque na cabeça dos gestores, se foi feito de um jeito até então, não há motivos para fazer diferente. Esse pensamento acaba prejudicando a organização, que fica presa as suas raízes, que tem o seu lado bom de nunca perder a sua identidade. Mas a cultura é dinâmica, podendo sofrer mudanças ao longo do tempo, pois ela tem o poder de adaptação e é cumulativa, ou seja, não precisa ter sua raiz cortada ao acrescentar novas sementes, que trarão frutos melhores e maiores. Ela não precisa perder a sua origem e as suas características básicas ao se adaptar a um novo ambiente. Por exemplo, uma pessoa que saí do Nordeste para viver no Sul do país, não troca de pele para se adequar as novas temperaturas, ela simplesmente se adapta a essas mudanças. É natural ao longo dos anos ganhar e perder alguns traços culturais em diferentes sociedades, faz parte e isso deve ser encarado de uma forma mais leve.

Uma empresa, sendo familiar ou não, tem sua cultura baseada nos seus criadores, que a idealizaram e a fundaram, colocando naturalmente todo o seu conhecimento bem como os costumes que refletem diretamente na forma de comandar e organizar. Um exemplo fácil é o de um país, que por menor que seja, certamente apresentará diferenças de costumes e valores de região para região. Basta lembrarmos de todos os países colonizados, onde essa mudança teve que ser implatada “na marra”, contra a vontade de quem já habitava aquele lugar e se viu obrigado a mudar tudo, inclusive sua religião. A diferença é que essas mudanças realizadas de forma exploratória, não significavam uma melhoria, enquanto a mudança a que estamos nos referindo aqui, indica somente melhorar a uma determinada cultura que pode estar “gasta”, não conseguindo trazer os mesmos resultados de antes. É um processo complicado, dolorido, demorado, que sofre resistência, mas que em muitos casos, precisa realmente ser feito e não deve ser encarado de forma ruim. O importante é nunca perder a peculiaridade e a identidade da organização, o que não significa não estar aberto a possíveis mudanças que venham para somar e não para diminuir. 

Abaixo está um link divertido e interessante que mostra justamente essa questão. Vale a pena assistir, pois de uma forma simples e eficaz, passa essa ideia que é bastante clara, mas que muitos não pensam a respeito. As pessoas não podem nunca perder a vontade de questionar, pois só assim é que se chega aos grandes resultados, em qualquer área. Se fazemos simplesmente o óbvio só porque já é feito assim desde sempre, sem questionar se existe outras possibilidades e se há outra maneira melhor de executar, não saímos do lugar e perdemos tempo, que é algo valioso em um mundo extremamente rápido e cada vez mais recheado de avanços e novidades em todos os campos. 

Diego C. Conceição




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